Você já parou para pensar quanto custaria para garantir a segurança financeira da sua família caso algo inesperado acontecesse com você?
Pensar sobre a própria mortalidade nunca foi um tema muito confortável no Brasil, mas o assunto vem deixando de ser tabu: cerca de 25 milhões de brasileiros contratam o Auxílio ou Seguro Funeral.
Ou seja, muitos brasileiros entendem que, financeiramente, essa proteção “mínima” faz todo o sentido. E outros tantos milhões de brasileiros também já contratam coberturas adicionais de um bom seguro de Vida, vislumbrando uma melhor proteção financeira para a família.
Nesse contexto, entender o que influencia no preço do seguro de vida e como ele está relacionado à sua idade pode ser crucial para tomar melhores decisões financeiras.
Afinal, o seguro de vida é uma ferramenta valiosa para proteger seus entes queridos em caso de sua ausência, ajudando a substituir sua renda e a cobrir despesas importantes.
Vamos então explorar em detalhes como a idade e outros nove fatores afetam o preço do seguro de vida? Então, boa leitura!
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Por que aderir a um seguro de vida?
Se pararmos para pensar, a vida é repleta de incertezas. Estamos constantemente expostos a situações imprevistas que podem afetar a nossa família.
Imagine por um momento: o que aconteceria com a minha família se algo inesperado tivesse acontecido comigo na semana passada, como uma morte ou invalidez por acidente?
Como a minha família lidaria com a queda na renda da casa conjugada à continuidade das despesas mensais, como os gastos com aluguel, luz, água, gás, comida, roupas, escola, plano de saúde etc.?
Essas são preocupações legítimas que muitos de nós preferem evitar, mas encará-las de frente pode ser a chave para ter uma melhor segurança financeira.
E é exatamente nesse tipo de dificuldade que o seguro de vida oferece uma rede de proteção financeira para você e seus entes queridos, garantindo que haja recursos financeiros suficientes para que a família continue a jornada sem grandes problemas.
Isso porque a indenização do seguro de vida tem como objetivo ajudar a substituir a renda perdida, cobrir despesas médicas, pagar dívidas e até mesmo garantir que seus filhos tenham acesso à educação que você planejou.
E o tamanho dessa indenização (em R$) é definida pelo segurado no momento da contratação do seguro de Vida, tendo como premissa o período de tempo que ele, segurado, quer que tais despesas mensais sejam “garantidas”.
Quanto custa um seguro de vida?
O preço de um seguro de vida pode variar significativamente dependendo de inúmeros fatores, incluindo as coberturas escolhidas, a idade do contratante e outros fatores.
Entender como o preço do seguro de vida é calculado é, assim, essencial para quem deseja buscar opções mais acessíveis e adequadas às suas necessidades.
No entanto, em geral, o preço de um seguro de vida para um homem de 48 anos de idade, administrador de empresa, não fumante, é a partir de R$ 100,00 (cem reais) por mês, com base em uma apólice que preveja uma indenização de R$ 300 mil para as coberturas de Morte, Morte Acidental e Invalidez Permanente por Acidente.
PS: esse cálculo foi baseado em um estudo com 7 das maiores seguradoras brasileiras e usaremos esse estudo como base para o restante deste texto!
O que influencia o preço do seguro de vida?
Mas, afinal, o que influencia o preço do seguro de vida? Separamos a seguir 7 fatores que influenciam diretamente no valor do seguro de vida e outros 3 fatores que impactam sua aceitação pelas seguradoras. Vamos conhecê-los?
1. Idade
Para precificar um seguro de vida, as seguradoras usam em seus modelos matemáticos as Tabelas de Mortalidade divulgadas pelo IBGE, que trazem dados oficiais de quantos brasileiros falecem por ano distribuídos por suas idades.
Na Tabela de Mortalidade de 2019 do IBGE, por exemplo, temos que a cada 1.000 brasileiros de 20 anos de idade, morrem 1,2 pessoas por ano.
Na mesma tabela, temos que a cada 1.000 brasileiros de 48 anos de idade, morrem 4,2 pessoas por ano. Ou seja, morrem +3,3x mais pessoas de 48 anos de idade do que pessoas de 20 anos de idade, certo?
Se você fosse uma seguradora, na hora de precificar um seguro de vida de uma pessoa de 48 anos de idade, você não cobraria um preço cerca de 3x maior do que o mesmo seguro para uma pessoa de 20 anos?
Na mesma tabela, temos que a cada 1.000 brasileiros de 76 anos de idade, morrem 38,5 pessoas por ano. Ou seja, morrem +9,0x mais pessoas de 76 anos de idade do que pessoas de 48 anos de idade.
Percebeu que pegamos idades cujas diferenças são de 28 anos? E percebeu como quando ficamos mais experientes a probabilidade de algo ruim acontecer conosco aumenta substancialmente?
Por isso, a idade é um dos fatores mais importantes que influenciam no preço do seguro de vida.
Afina, estatisticamente, quanto mais idosa a pessoa, maior o seu risco de falecimento. Consequentemente, quanto mais idoso o segurado, mais caro é o seu seguro de vida. Isso é bastante óbvio e simples de entender, não é?
E é isso também o que justifica que a maioria das seguradoras só permitem que pessoas que tenham até 65 ou 70 anos de idade contratem um seguro de vida, uma vez que a probabilidade de algo acontecer a partir dos 70 anos é bastante grande!
2. Estilo de vida
Uma pessoa com estilo de vida considerado não saudável, como alguém que fuma ou que consome álcool com frequência e em excesso, costuma ser mais propensa a ter doenças crônicas ou graves e uma expectativa de vida menor, o que traz um risco maior para a seguradora.
Na hora de precificar um seguro de vida, por exemplo, as seguradoras brasileiras costumam aumentar o preço em algo como 5% nos casos de pessoas fumantes, o que faz bastante sentido.
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3. Gênero
O gênero costuma influenciar significativamente no preço do seguro de vida, uma vez que as mulheres têm uma expectativa de vida maior do que os homens.
Como consequência, não é difícil encontrarmos preços até 50% (!!) menores do mesmo seguro de vida (com as mesmas coberturas) para uma mulher.
4. Profissão
A profissão de uma pessoa pode influenciar significativamente no preço do seguro de vida ou mesmo na aceitação da cobertura pela seguradora, pois o dia-a-dia do segurado pode representar uma maior exposição a risco.
Por exemplo, aquele seguro de vida de um homem de 48 anos de idade foi calculado caso ele fosse um administrador de empresas, preço este que não mudou quando mudamos a profissão para médico.
Porém, quando alteramos a profissão para Eletricista, duas seguradoras recusaram a aceitação do produto e uma terceira duplicou o preço.
Já quando alteramos a profissão para Taxista, outras 3 seguradoras recusaram o risco e uma terceira duplicou o preço igualmente.
5. Duração da apólice
Em regra, os seguros de vida possuem vigência anual, com renovações em que reajusta-se o preço mensal e as indenizações pelo IPCA ou IGPM.
Porém, existem seguros de vida e acidentes pessoais específicos e que tendem a oferecer coberturas específicas e temporárias, geralmente com prêmios mais elevados.
O seguro de vida para eventos talvez seja o maior exemplo deste contexto. Voltado para proteger o público, os trabalhadores e até os montadores de stands em feiras, casamentos, competições esportivas etc., o seguro para Eventos costuma ter a duração de apenas alguns dias, mas um custo maior do que um seguro de vida com vigência anual.
Um outro exemplo: o seguro Viagem, que costuma ter vigência de 15-30 dias! Apesar de ser uma combinação de coberturas de Vida e de assistência médica, a parte das coberturas típicas de um seguro de vida acabam sendo também bem mais caras quando comparadas ao preço de um seguro de vida anual.
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6. Tipos de seguro de vida ou seguros de Nicho
Existem diferentes tipos de seguro de vida, especialmente quando as seguradoras desenvolvem produtos para públicos específicos do mercado – e que o pessoal do marketing gosta de chamar de produtos de nicho.
Em regra, esses produtos diferentes são voltados para atender características específicas e diferentes de um determinado segmento da população, que na maioria das vezes é excluída das apólices de seguro de vida “usuais”.
Exemplos desses produtos são os seguros de vida voltados para:
- idosos
- motofretistas (motoboys)
- mototaxistas
- diabéticos
Esses públicos, por terem riscos maiores do que o restante da população, acabam conseguindo uma proteção adequada através de produtos voltados para eles e, em regra, os preços destes seguros de vida costumam ser bem maiores do que o preço do mesmo produto oferecido ao restante dos brasileiros.
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7. E, claro, as coberturas escolhidas e seus valores
Mas o fator que mais afeta o preço do seguro de vida são as coberturas escolhidas e seus valores, que representam o tipo de proteção contratada e a quantia que será paga como indenização aos seus entes queridos em caso de um sinistro.
Em termos simples, quanto maior a quantidade de coberturas e quanto maiores os valores de cada uma delas, maior será o prêmio mensal ou anual que você pagará pelo seguro de vida.
Por exemplo, uma cobertura de “Morte” com valor de R$ 100 mil (cem mil reais) terá um preço infinitamente menor do que a mesma cobertura com valor de R$ 1 milhão (um milhão de reais) para a mesma pessoa.
Por outro lado, se alguém contratar apenas esta cobertura, em tese terá um seguro de vida com preço muito menor do que se esse mesmo alguém também contratar as coberturas de Morte Acidental, Invalidez por Acidente, Invalidez por Doença, DIT (Diária de Incapacidade Temporária), DMHO (Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas), Funeral Familiar etc..
8. Hobbies
Para as seguradoras, pessoas que mantêm um estilo de vida saudável, como uma dieta equilibrada, exercícios regulares e não fumantes, são de menor risco.
Por outro lado, a prática esportiva de esportes radicais pode afetar se não o preço, ao menos a aceitação do seguro.
Exemplo: quando mencionamos que o segurado é praticante de esportes como corrida e triathlon, não houve alteração de preços em nenhuma das 7 seguradoras que cotamos.
Porém, quando incluímos a realização de atividades como Alpinismo e Paraquedismo, 1 das 7 seguradoras que avaliamos neste estudo recusou até a precificação do produto!
9. Aposentadoria
Curiosamente, não houve nenhuma alteração de preço no caso do segurado (proponente) ser Aposentado.
Porém, aqui cabe um alerta: uma coisa é a seguradora precificar o seguro de vida para um aposentado, outra coisa é ela aceitar o risco depois do preenchimento da Declaração Pessoal de Saúde (DPS).
Especialmente no caso de um aposentado por doença ou invalidez, pode ser que a avaliação da seguradora seja diferente e ela acaba não aceitando o risco, ok?
10. IMC (Índice de Massa Corporal)
Por fim, uma das informações que as seguradoras olham com atenção é o IMC do segurado (proponente). Em regra, elas costumam aceitar o risco de pessoas que tenham o ICM de até 29,9, ou seja, uma pessoa com sobrepeso.
Isso porque uma pessoa com IMC acima de 30 é considerada obesa e as seguradoras em regra não aceitam o risco por considerarem a probabilidade maior de a pessoa possuir doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade, tais como:
- diabetes
- esteatose hepática (fígado gorduroso)
- doenças cardiovasculares
- câncer
- doenças respiratórias, como a asma
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Conclusão
É essencial entender que o custo do seguro de vida não é apenas uma questão de números, mas sim uma reflexão sobre as circunstâncias da vida.
Considerando fatores como idade e estilo de vida, podemos encontrar um seguro que se encaixe em nossas necessidades e garantir a proteção adequada às nossas famílias.
Portanto, ao buscar um seguro de vida, lembre-se de avaliar suas opções com cuidado, buscando o equilíbrio certo entre custo e benefício.
Além disso, não deixe de considerar o valor da cobertura que melhor atenda às necessidades de seus entes queridos e seu próprio conforto financeiro.
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